Ao
longo dos últimos anos, tenho aprofundado o meu estudo na área da Parentalidade
Consciente, um tema que me apaixona e com o qual me identifico cada vez mais. É
abordado nos diferentes meios de comunicação muitas vezes com significados
diferentes ou é interpretado de modo menos correcto. Então o que significa
Parentalidade Consciente? E o que não significa?
Ser
uma mãe ou pai consciente é um processo contínuo, uma aprendizagem constante. É
exercer a nossa parentalidade de uma forma consciente, olhando para a criança
de uma forma mais autêntica, respeitando melhor sua individualidade, percebendo
suas necessidades e (re)conhecendo sua personalidade.
Parentalidade
consciente é conseguir fazer escolhas mais conscientes e alinhadas com os
valores essenciais, com as nossas intenções. É focarmo-nos não no comportamento
da criança, mas nas necessidades que estão por detrás desse comportamento.
Parentalidade
consciente não é ser-se perfeito, ao contrário, é abraçar a própria
vulnerabilidade. Se aceitar como é. Ser quem se é de verdade. E aceitar a
criança tal qual ela é. Fugir do padrão do que queremos que ela seja.
Parentalidade
consciente não é não estabelecer limites, não impor regras. A criança precisa
de autentidade - de expressar e desenvolver a sua identidade, do mesmo modo que
precisa de contenção - respeitando a identidade do outro.
Muito
há a falar sobre este tema, que iremos desenvolvendo ao longo do tempo.
Partilho
convosco os quatro valores da Parentalidade Consciente, na perspectiva da
Mikaela Öwen, minha formadora e sem dúvida a especialista que em Portugal tem
estudado e desenvolvido mais este tema:
Igual
Valor
O mesmo respeito pelo valor de ambas as
partes. Não significa que a criança tem sempre o que quer, mas sim que é
respeitada da mesma forma que o adulto
Respeito
pela Integridade/ Identidade
Quais são as suas necessidades
centrais, limites pessoais e valores?
Autenticidade
Linguagem pessoal, ser honesto com o
seu próprio medo e vulnerabilidade
Responsabilidade
Pessoal
Assumimos a responsabilidade pelas
nossas necessidades e limites
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