sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A palmada... esse "Fastfood" da disciplina

Período de férias... em princípio de maior relaxamento e calma, muito conversa, muita brincadeira e um lindo dia de praia. As crianças brincam e fazem traquinices como habitual e ao lado uma delas "arma uma birra descomunal". O pai, até aí aparentemente tranquilo e relaxado, avisa-a para se calar algumas vezes, até que perde a calma e dá-lhe uma palmada e um pontapé no rabo. 

Quando temos falta de ferramentas - sejam elas de calma, paz, amor e quando sentimos demasiado o peso do que os outros podem pensar de nós, esquecemos facilmente a nossa intenção.

E recorremos ao"fastfood"...

O "fastfood" funciona, mata perfeitamente a fome, de forma rápida e eficaz. Mas será aquilo que melhor me nutre (e aos meus filhos)? Será que tenho alternativas que sei no meu intimo, que são melhores para me/os alimentar se quero um desenvolvimento saudável?

Certo é que consigo cozinhar de forma mais saudável e com mais amor, quando tenho outras ferramentas ao meu dispor - para além dos "ingredientes" certos, mais calma, maior organização, mais tempo e dedicação.

Chamo à palmada (ao estalo, ao pontapé...) o "fastdiscipline" - fasfood da disciplina! Funciona sim. A curto prazo normalmente pára o comportamento. Mas a longo prazo não nutre o meu filho. Não me nutre. Não acrescenta. Corrói.

Educar os nossos filhos dá trabalho e exige dedicação, questionamento, desenvolvimento interior. Na maior parte das vezes estamos esgotados, cansados, sem paciência para ruído, traquinices e birras. Queremos resultados rápidos, disciplinadores (não educadores!), que funcionem na hora, mesmo que saibamos que existem alternativas que funcionam melhor, mesmo que não tão rápidas, mas que exigem presença, escuta, dedicação.

Também eu vivo muitas vezes esgotada, também eu como algumas vezes fastfood, também eu me sinto várias vezes tentada ao "fastdiscipline". Mas quando isso acontece, tenho bem presente a minha intenção.

E tu, como queres "nutrir" os teus filhos e a ti?