segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Sente o que o teu coração te diz

Sim, sou confrontada muitas vezes com opiniões diferentes da minha no que respeita à parentalidade. Atitudes que me fazem querer tapar os olhos ou iniciar uma grande discussão. Fora e dentro da minha família. Fora e dentro da minha casa. Uma bofetada por impulso que faz doer o coração; palavras duras que doem mais que uma bofetada; pais a ignorar crianças a suplicar atenção; pais a pagar com brinquedos a falta de tempo e de afecto; falta de comunicação de limites entre filhos e pais.

Ninguém nasce ensinado e a grande maioria dos pais tem exactamente o mesmo objectivo: serem "bons" pais, educarem os filhos de modo a eles crescerem integrados numa sociedade e a serem felizes. Simplesmente usamos ferramentas diferentes, uns por crenças, por hábito, pelas nossas próprias histórias de infância, por pressão familiar ou social, outros tentando aplicar pedagogias, filosofias, teorias que vamos ouvindo ou lendo nos livros.

Como reagir a estas diferenças, quando elas estão dentro da nossa própria casa ou da nossa família? Respiro fundo. Pratico o não julgamento. E acima de tudo tento dar o meu testemunho. Faço o que sinto que está correcto. Acredito que vale mais do que "ensinar" qualquer teoria. Mostro alternativas e acima de tudo pratico-as. A pouco e pouco quem nos rodeia vai verificando, tal como nós, que essas alternativas também resultam.

Sei que não sou perfeita. Sei que muitas vezes também me desvio das minhas intenções. Em situações desafiantes chego a duvidar se o que estou a fazer é o mais correcto. E quando isso acontece, respiro fundo. Centro-me nas minhas intenções. Sinto o que o meu coração diz.

E é esse o "conselho" que hoje deixo. Questiona as tuas crenças, esquece a pressão familiar ou social, esquece o que ouviste e leste e sente. Sente o que o teu coração de mãe/pai te diz.

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